1 de janeiro de 2013

Retrospectiva Sociedade da Mesa

À medida em que eu ia me aprofundando no mundo dos vinhos, crescia minha vontade de participar de algum clube de vinhos. Acompanhei mais ou menos de longe os sites do ClubeW e da Sociedade da Mesa, por algum tempo, enquanto avaliava se realmente estava pronto para dar este passo. Quando finalmente eu decidi ingressar em um deles, acabei escolhendo a Sociedade da Mesa.

Para quem não conhece, estes clubes de vinhos funcionam como uma compra mensal programada. Eles enviam todo mês um certo número de garrafas de vinhos selecionados por eles, para sua casa, e cobram apenas o valor dos vinhos, e eventualmente o frete. Os vinhos de cada mês são divulgados com um pouco de antecedência, permitindo ao cliente entrar em contato para suspender a entrega. No entanto, por padrão o vinho é enviado.

O ClubeW é mais flexível quanto à quantidade, tendo as opções de 2, 4, ou 6 garrafas, e não cobrar frete; por ouro lado, só permite suspender a entrega uma vez a cada 6 meses. Enquanto na Sociedade da Mesa, o mínimo são 4 garrafas; mas permitem suspender a entrega sempre que o cliente quiser. No fim, acabei escolhendo eles. Ainda ganhei de presente uma sacola bonita para carregar garrafas de vinho, e um saca-rolhas; no entanto, o que me levou realmente a decidir por eles foram os vinhos daquele mês. Eram vinhos da Grécia, e eu fiquei curioso, já que nunca havia provado vinhos daquele país.

Agora, após 1 ano no clube (na realidade completando 15 meses ao final deste ano), chegou a hora de fazer uma retrospectiva.

Vinhos espanhóis

A Sociedade da Mesa faz parte do grupo Vinoselección, um clube espanhol que tem foco em vinhos do próprio país. É possível perceber a influência da matriz na freqüência com que o grupo daqui oferece vinhos de lá. Nestes 15 meses desde que virei sócio, foram 5 remessas, das quais recebi 4; e esta tendência pode ser observada em toda a história do clube. Se por um lado normalmente me agradam os vinhos espanhóis, por outro, italianos, portugueses e franceses são selecionados com muito pouca freqüência. Da Espanha, recebi:
  • Campo Sanz 2009, 100% Tempranillo, equilibrado e leve; e Sanz Verdejo 2010, com boa acidez, um toque de amargor, e aromas muito agradáveis. Ambos da Vinos Sanz, da região de Castilla y León.
  • Hécula 2009, da uva Monastrell, das Bodegas Castaño, na DO Yecla. Tinha cor púrpura, e taninos intensos, típico da casta. Com aroma predominante de folhas secas, na boca é picante e apresenta retrogosto de ameixas pretas.
  • Solpost Fresc 2008, da DO Monsant. Muito redondo, com aromas de fruta madura e um leve toque de tostados, baunilha e caramelo. Foi provavelmente o vinho de que mais gostei, dentre os do clube. Minha última garrafa, compartilhei em um jantar da ABS Campinas SBSomm, e foi muito elogiado pelos presentes.
  • Otazu Reserva 2005, da denominação de origem Navarra. Eu comprei com receio, por ser um vinho de 2005 - mais antigo que o de costume do clube - e porque a descrição dizia que por uma 'negociação extraordinária' o vinho de valor de mercado de R$150 sairia por R$46. Fiquei com receio de que fosse uma tentativa de 'desova' de um vinho que estivesse perto do fim da vida, mas pelo contrário, ainda deve melhorar nos próximos 3 anos. Então, os guardei.
(continua...)

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